19 de junho de 2012

ARQUITECTO MANUEL TAINHA, ILUSTRE PAÇOARCUENSE

 
 
 
O arquitecto Manuel Tainha, distinguido com os prémios AICA e Valmor, morreu na segunda-feira dia 18 de Junho aos 90 anos em Lisboa, informou esta terça-feira a Ordem dos Arquitectos.

Manuel Tainha nasceu em Paço de Arcos em 1922, arquitecto pela ESBAL (Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa) em 1950, é autor de diversas obras reconhecidas na área.

Entre os edifícios assinados por Manuel Tainha contam-se a Pousada de Santa Bárbara (Oliveira do Hospital), a Escola Agro-Industrial de Grândola, as Torres dos Olivais, em Lisboa, e a Faculdade de Psicologia, em Lisboa, que lhe valeu o prémio Valmor em 1991.


A par do trabalho de projecto, destacou-se como professor e no ensaio crítico, “num país em que os arquitectos não gostam muito de escrever”, disse João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitectos.

Contemporâneo do arquitecto Nuno Teotónio Pereira, Manuel Tainha foi o fundador da revista Binário em 1958 e, pelo conjunto da actividade crítica, recebeu em 2002 o Prémio Jean Tschumi, da União Internacional dos Arquitectos.

Em 2000, foi agraciado com a Ordem do Infante D.Henrique e foi-lhe dedicada uma exposição retrospectiva na Casa da Cerca, em Almada.

Em 2007, doou o seu espólio à Fundação Calouste Gulbenkian, reunindo mais de 50 anos de trabalho na arquitectura.


Em comunicado, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, lamentou a morte de um arquitecto que era “indiscutivelmente um dos maiores mestres da arquitectura portuguesa”.

Para Manuel Tainha, “o moderno e o popular nunca chocaram, antes se encontraram sempre num diálogo harmónico”, disse o secretário de Estado da Cultura na mesma nota de pesar.

Um ilustre paçoarcuense que desaparece e a quem todos os paçoarcuenses se curvam à sua memória.

(Texto in Público).
 

Colaboração do Bardino Vitor Martinez.

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