11 de dezembro de 2008

HOMENAGEM

Paço de Arcos outra vez ‘nas bocas do mundo’




Poderá ter passado despercebido à alguns dos ‘incautos’ paço-arquenses e, sobretudo à maioria da população portuguesa, salvo a devida vénia para os ‘não distraídos’, que ainda há poucos dias a Conferação do Desporto de Portugal decidiu (só agora?) homenagear os

CAMPEÕES MUNDIAIS DE HÓQUEI EM PATINS DE 1947

na pessoa do mui querido e estimado conterrâneo Correia dos Santos, único sobrevivente dessa extraordinária equipa que levou o nome de Paço de Arcos ao mundo.

É que se torna absolutamente indissociável esta aventura desportiva única na história de Portugal dos três homens (paço-arquenses de gema) que a escreveram, sem óbvio demérito dos restantes elementos, a saber,

EMÍDIO PINTO,
JESUS CORREIA,
CORREIA DOS SANTOS.

A Bardinada não poderia, dada a sua missão, deixar passar a ocasião sem o devido realce.

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Aproveitando a oportunidade e fazendo justiça a algum esquecimento que por vezes acontece, aqui se deixa um pequeno apontamento sobre quem foi, como desportista do nosso CDPA, o
CORREIA DOS SANTOS



“CORREIA DOS SANTOS foi considerado um caso especial do hóquei em patins. Ele foi um fenómeno, aclamado e reconhecido em todas as latitudes. Sem vaidades ocas, antes com simplicidade e entrega total.
JOSÉ CORREIA DOS SANTOS nasceu em Paço de Arcos, no dia 1 de Agosto de l926.
Inscreveu-se na Associação de Patinagem do Sul, em 7 de Dezembro de 1940. Tinha, portanto, 14 anos.
Em hóquei em patins representou sempre o Paço de Arcos. Primeiro o Paço de Arcos Hóquei Clube (até 1944) depois o Clube Desportivo de Paço de Arcos (desde a fusão, 1945).
Despediu-se da modalidade, oficialmente, em 6 de Julho de 1956, numa homenagem realizada no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, hoje Pavilhão Carlos Lopes. Mas continuou (a pedido e por necessidade do clube), até fins de 1960, com excepção da época de 1956/57.
Jogou durante 19 anos.
Também praticou futebol no C.D.P.A., no G. D. Estoril Praia e no G. D. da CU F.
Na vertiginosa e gloriosa carreira de CORREIA DOS SANTOS, o famoso hoquista registou os seguintes títulos:
Campeão regional de Lisboa:
2a Categoria:1942/43 e 1944
1a Categoria:1943/44/46/47/48/49/52/55 e 1958
Taça de Honra:1943/44/46/47/48 e 1949
Torneio de Outono:1943
Torneio de Abertura1944 e 1945
Campeão Nacional:1942/44/45/46/47/48/53 e 1955
Torneio das Nações (Montreux):1947/49 e 1956
Torneio Internacional de Lisboa:1953 e 1956
Campeão da Europa:1947/48/49/50/52 e 1956
Campeão do Mundo:1947/48/49/50/52 e 1956
Vice-Campeão da Europa e do Mundo:1951/53 e 1954
Foi internacional 158 vezes, tendo defrontado os seguintes países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Egipto, Espanha. França, Holanda, Inglaterra, Itália e Suíça. Durante 12 anos (de 1947 a 1958) foi elemento efectivo da selecção nacional. Nesse período marcou 307 golos.
Pela selecção de Lisboa marcou 84 golos e pelo C.D.P.A. marcou tantos que lhe perdeu o conto a partir dos 2700.
O grande e saudoso jornalista Vítor Santos chamou-lhe "a maior fábrica de golos do mundo”.
Condecorações: Medalha de Mérito Desportivo; Medalha de Ouro de "Bons Serviços" da Câmara Municipal de Oeiras; Medalha de Ouro da Cidade do Porto; Medalha de Ouro de Méritoe Dedicação do C.D.P.A.; Medalha de Mérito da Federação Portuguesa de Patinagem. E sócioBenemérito do C.D.P.A.
No dia 3 de Marco de 1987, o clube pagou-lhe uma dívida de gratidão e admiração, homenageando-o condignamente no pavilhão gimnodesportivo, quando da inauguração dos festejos comemorativos do 66° aniversário do C.D.P.A.
Eis, pois, o perfil de um HOMEM que soube vencer e convencer!”
(Extractos do livro "História do Clube Desportivo de Paço de Arcos de 1921 a 1991")




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