29 de novembro de 2009

MEMÓRIAS DA BARDINAGEM 10


Aqui ficam mais umas recordações do fabulosos anos sessenta, no que à música diz respeito, e que muitos de nós naquele tempo dançámos e ouvimos com a maior das emoções!!!

Hoje é para os fans do "Salut Les Copains"!!!


E mais por aqui vão passar, isso prometemos desde já!!!




Sylvie Vartan - La Plus Belle Pour Aller Danser



Christophe - Les Marionettes



France Gall - Poupée de Cire, Poupée de Son



Adamo - Vous Permettez Monsieur?




Colaboração do Bardino Vitor Martinez
.


PARA MEDITAR!

Ao folhear a publicação editada pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO) e intitulada "OEIRAS ACTUAL", referente ao passado mês de Outubro, onde se mencionam as obras, os investimentos, os acontecimentos, os projectos, etc., levados a cabo pela CMO nestes últimos meses nas diferentes freguesias do concelho, conseguimos encontrar UM PARÁGRAFO!!!, respeitante à freguesia de Paço de Arcos!!!


A referida publicação tem 60 páginas e a única referência a um qualquer acontecimento que diz respeito à nossa vila tem lugar em apenas UM PARÁGRAFO, com dez linhas!!!

É obra, ou antes, é falta dela, pois com tanta obra feita e apresentada naquelas sessenta páginas, Paço de Arcos tem dez linhas, para referir uma singela comparticipação nas obras de beneficiação da Igreja da nossa vila!!

E já agora confiram os valores dessa comparticipação com os valores referidos na mesma notícia e com os restantes valores que são enunciados nas outras notícias!!

Já começa a ser caso para questionar:

E PAÇO DE ARCOS???!!!


É caso para MEDITAR!!!



Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


MEMÓRIAS DA BARDINAGEM 09


Para aqueles que, como eu, gostam de música desde os tempos dos sixties, aqui ficam algumas recordações de canções que marcaram uma época e que ainda hoje ouvimos com muito agrado e até alguma emoção algumas delas, pois elas marcaram alguns momentos importantes das nossas vidas!!




The Shadows - Apache



The Monkees - I'm A Believer



Mamas and Papas - Monday, Monday



Los Bravos - Black Is Black



E fica já prometido que amanhã aqui estarão mais algumas canções que nos emocionam ainda hoje quando as ouvimos!!!




Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


28 de novembro de 2009

OS BATOTEIROS

BREVE AMOSTRA DE BATOTEIROS
NO CENTRO HISTÓRICO
DE PAÇO DE ARCOS



Do lado direito há uma creche; o estacionamento demorou cerca de 15 minutos; impossível passar na estrada; atrás fica a Rua Costa Pinto, única via de acesso a esta área; era hora de saída das crianças.




Esta é uma repetição. O extraordinário da situação, ‘obriga’ à recapitulação.

Dia 3 de Outubro último, em pleno ‘aceso’ da campanha política em curso.

Dia bem quente; sombra perfeita; carro devidamente fechado; tranca de direcção com correspondente cadeado, não fosse o diabo tecê-las, mesmo naquele sitio bem vigiado por transeuntes vários.

E por lá se quedou quase todo o santo dia.

A ´lata’, até compensa, sobretudo em país de brandos costumes.




Este senhor condutor é já um ‘clássico’ da batota no Centro Histórico de Paço de Arcos.

Tem sido avistado inúmeras vezes em situações ‘inconvenientes’ para o trânsito, quer em movimento, quer estacionado “ad hoc”, sem preocupação pelo alheio.

Pensou-se em não o incluir nesta amostragem, porque o cavalheiro em questão tem óbvias dificuldades motoras, e portanto será algo antipático estar a ‘mostrá-lo’, e também porque a sua senhora o trata com rispidez pública muito exagerada, pelo menos para quem não conhece outras antecedentes.

Por outro lado, prevaricador é prevaricador, e portanto………………



Mais uma que já se transformou num (infeliz) clássico.

A entrada está vedada por dois pinos movíveis, para que os bombeiros possam aceder á área em caso de necessidade.

Se percebemos que haja necessidade de utilizar este recurso para cargas e descargas, seja de comerciantes seja mesmo de moradores, por dificuldades de estacionamento próximo, e porque será (seria) uma situação transitória e com os condutores presentes, logo com ausência de risco, já outras situações são naturalmente inaceitáveis (diríamos nós).

No caso vertente, não é morador.



Para ilustrar o acima dito, estão aqui dois casos exemplares (em toda a linha, como diria um amigo meu).

O proprietário do carro da esquerda mora em frente (sobre a esquerda, prédio não visível). Trata o local quase como estacionamento privativo. Não raras vezes, fecha o carro e vai para algures.

O outro carro pertence a uma senhora que num dado dia, tendo que ir um pouco mais abaixo, ao Restaurante Aquarela do Brasil, não lhe apeteceu procurar lugar, como fazem todos os moradores da rua, e por ali estacionou calmamente.

Tendo -se apercebido que estava registada fotograficamente, resolveu interpelar o autor do acto com modos inenarráveis, declarando-se gente importante e ameaçando de represálias caso fosse publicitada esta foto.

Palavras para quê?



Para desanuviar um pouco o clima automobilístico (que vai continuar), eis uma um pouco diferente.

Aquela prancha de madeira que ali se vê com uma quantidade de vasos em cima, vista a nu tem um ar (e uma ‘inclinação’) completamente apodrecido.

Se aquilo não é perigoso, e quem lá mora inconsciente, então eu devo ser o “Eistein”.

Felizmente aquele prédio encontra-se numa esquina, onde dificilmente passarão transeuntes, embora exista uma casa de chá por baixo.

Já no que diz respeito a brincadeiras de crianças, o perigo é, obviamente, exponencial.




Esta é a mesma creche já mencionada anteriormente.

Ao contrário da outra situação (entupimento irresponsável da via) que foi ocasional, apenas observada uma vez, esta é uma situação recorrente.

Diariamente podem ser observadas estas situações, inúmeras vezes. Os esforços do encarregado de vigiar entradas e saídas das crianças, e velar pela segurança externa, é completamente inglório, e, por vezes, é mesmo objecto de maus tratos verbais. O mesmo, de resto, acontece com qualquer um que ‘tenha a veleidade de censurar o procedimento’.

Acresce que ao lado da janela que se vê do lado direito, é a Rua Costa Pinto, única via de acesso à creche.

C’um caneco.



Por falar em creche, do outro lado já na Rua Costa Pinto, sentido descendente.

Que tal? O miúdo é fininho, seguramente não terá dificuldade em passar naquele gargalo.

Mas… e outros?




Concerteza que conhecem o local.

Não fora o empedrado novo, e o chão estaria gasto, entre outros, pelo José de Castro.
Podem crer que na foto de cima, aqueles dois estão estacionados. O cavalheiro que se vê ao lado da carrinha da direita é transeunte.

Na foto de baixo vê-se um carro cujo condutor ‘emigrou’ em direcção ao Pingo Doce. Onde foi não se conseguiu perceber.




Acreditem.

A situação é a mesma. Fotografado pela frente e por trás...

O indígena resolveu estacionar por quanto lhe apeteceu, mesmo ali à frente da sede da Junta de Freguesia de Paço de Arcos, mas fora do local a isso destinado. Sem preocupações.

Não faço a mínima ideia de quanto tempo lá ficou. Fui e vim da minha faina de compras no Pingo Doce, e ele por lá continuou.

Manda quem pode, obedece quem deve.




Como qualquer jovem bem-intencionado diria, ‘bué da’ normal.

O espaço é grande, os sítios estão ali á mão de semear, são perto do que quer que seja, toda a gente faz o mesmo, não se paga nada, o chui ‘tá-se c………’, “pourquoi pas”.

È, efectivamente, uma situação rotineira. Os peões que se precatem (‘olho no burro e olho no cigano’), porque daí a poucos condutores se preocuparem com os sentidos ditos obrigatórios, obrigando-nos a olhar para todos os lados, não vai espaço nenhum.

Bem pior que as maleitas do passeio marítimo.

Paço de Arcos no seu melhor (????????????????????????????)




Na mesma área, um pouco mais à frente (direcção Marginal, todo o passeio em frente ao Espírito Santo, já se sabe, também é recorrente.

Dois tipos de situação constante.

Em boa verdade a do lado direito deixa-me confuso em termos de perceber as marcações.

A passagem de peões termina no riscado diagonal e retoma após?

Expliquem-me, de preferência como se eu fosse muito burro.

È que estou com sérias suspeitas de ser esse o caso.

E para que não restem dúvidas, aí vai outra.



A rua que se vê é a Costa Pinto. A que é ‘pisada’ pela passagem de peões é a Cândido dos Reis.

Por dentro do traço contínuo é permitido estacionar, como no caso vertente.

Atão que fazer?

Também tenho uma resposta!

DESENRRASQUEM-SE!!!!!




Pode não parecer, mas é o mesmo passeio; é só virar a esquina.

Atrevimento não lhes falta, ou será antes falta de respeito pelo próximo?

Vá-se lá saber. Acho que nem a inspiração Divina nos pode ajudar nesta.

Já tou confuso. Ou Confúcio? Agora é que me perdi.

Estes gajos baralham-me.




Pois aqui a história (mais estória que outra coisa) é curiosa.

Prestem atenção. Explica bem algumas ‘virtualidades’ francamente Portuguesas (e não só, claro).

Na foto de cima vê-se um carro branco estacionado em contra-mão. Esta viatura foi parte de um acidente no cruzamento atrás. Ali ficou avariado (e multado), eventualmente à espera que o seu proprietário reúna a soma para o rebocar para outro lado. Ou não. É que já lá vão duas semanas.

Na foto de baixo, como desde então tem acontecido invariavelmente, uma colecção de ‘chicos-espertos’, vendo um ‘caramelo’ ali parado, logo copiam, ignorando que é uma rua de dois sentidos, em que é proibido, sequer, parar daquele lado, e que qualquer viatura não tem hipótese de passar sem colidir com quem venha de frente. Mais, se houver viatura de porte que queira transitar, vai ficar encurralada.

Ai, meu Deus.




Outra que também já é um clássico.

Esta esquininha é um chamariz para os batoteiros crónicos da baixa histórica de Paço de Arcos.

Naturalmente, e o companheiro Bardino Mário Almeida pode testemunhar melhor que ninguém, estes estacionamentos selvagens dificultam enormemente todo o trânsito naquela ruinha, e no espaço subsequente.

Haja pachorra, porque a polícia quando aparece é para se preocupar com os ciganos das vendas ambulantes junto ao Pingo Doce.

Pois que seja. É a vida!!!!!!!!!!!!!!!




Aí está mais um ‘esperto’ na esquininha (foto de cima).

Pelo menos entope menos. Coisas!!!

Na foto de baixo temos mais um anormal, em frente aos Correios, olimpicamente parado, luzes acesas para disfarçar (não sei o quê).

E não faço comentários (por pudica virtude) à viatura dos Correios em cima do passeio. Imagino que estará isenta de pecados.




Por simpatia para convosco, vamos aqui introduzir, umas que, dadas as circunstâncias anteriores, são de menor impacto.

Quase que dá para pensar que afinal estamos a exagerar, e não haverá razões de queixa por aí além.

Brincamos ou quê?



Para manter o espírito de paz, em direcção ao crescendo do grande final, esta fica aqui para pura descontracção, sem mais palavras.



Estes três do lado esquerdo, esqueceram-se que, para além de estarem parados quase totalmente para fora do traço contínuo, não deixam espaço para uma carrinha de médio porte virar.

E se for um camião?

Só resta chamar a polícia, caso em que teremos ‘cena’ para umas horas, e etc..



Até pode não parecer, mas a curva para a direita é apertadinha, e do outro lado há outra aberração com a que esta em primeiro plano, entupindo meia estrada.

É que alguém fica sem passeio, junto ao parque infantil.

(In)Consciências.



À atenção de quem não tenha reparado: é uma viatura da Câmara Municipal de Oeiras.




A saga dos abusos de estacionamento em frente ao mercado.

De segunda-feira a sábado, sem vacilações.

Vale, literalmente, tudo.

Impunidade completa.

E, desta feita, não se captou nenhum dos habituais violadores da passagem de peões.

Também é normal (????) deparar com viaturas estacionadas (mal) dos dois lados da estrada, diminuindo drasticamente o espacinho de passagem.

Mas a malta é jovem (digo eu), e vai-se desenrascando. Que remédio!!!!!!!!!

E vão mais duas (da mesma) para sossegar os espíritos.




Como se diz em título, é só uma pequena amostra recolhida “en passant”.

A verdadeira situação apresenta-se, por vezes, quase que caótica em diversas zonas, algumas das quais não estão aqui documentadas.

Estranho (no mínimo) é a falta de intervenção das autoridades, por vezes tão ríspidas noutras situações.

Se calhar isto é que é normal, e nós andamos distraídos das realidades do país.

Pois que seja. Temos que nos adaptar.


Mas, porém, todavia, contudo, a Bardinada* vai continuar a protestar.


* Leia-se GRUPO TERTÚLICO “OS BARDINOS”


Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.


26 de novembro de 2009

EXPOSIÇÃO DE CARLOS BONVALOT

in Jornal CascaisOeiras de 18 de Novembro de 2009.



Horário do Museu:
De 3ª a 6ª feira das 10h às 17h00
Sábados e domingos das 10h às 13h00 e das 14h às 17h00.
Encerra à 2ª feira




Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


24 de novembro de 2009

MONOGRAFIA DE PAÇO DE ARCOS (Apontamentos) 02

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Paço de Arcos na História Nacional
Combate naval


Durante a invasão napoleónica, a esquadra inglesa travou combate com as forças de Junot, nas proximidades da Praia das Fontainhas, que, ainda hoje, é conhecida pela Praia do Inglês Morto.

Os franceses comandados por Junot, tinham-se apoderado de Portugal. A família real e a corte estavam no Brasil; o que havia de valoroso no exército fora enquadrado nas legiões de Bonaparte. Os ingleses tinham sido condenados na terra ocupada pelos invasores: sequestravam-lhes os bens, os lares e prendiam-nos. A guerra era contra a Inglaterra que Napoleão I desejava aniquilada.

Os navios ingleses bloqueavam Lisboa. Mangedle chefe da resignada marinha francesa praticava prodígios com os barcos de que dispunha e em cujo número entravam algumas fragatas portuguesas, abandonadas quando da largada para o Brasil.



"Na noite de 22 para 23 de Abril de 1808, pelas duas horas da manhã, a corveta francesa "Gaivota" comandada pelo tenente de mar Blond Plassond, fora atacada em frente de Paço de Arcos por cinco barcos britânicos tripulados por 150 homens. Várias vezes se tentou a abordagem, mas, sendo as embarcações inglesas de pequeno calado, foram recebidas pela artilharia de bordo. Chegara a haver encontros à arma branca, sendo morto o comandante da expedição que saíra de bordo da "The Nymph" com os seus homens, tentado por um feito de vulto. Era o tenente Courray Shiply que contava apenas 25 anos. O seu chapéu e pistola ficaram em poder do capitão da "Gaivota", Blond Plassond, pois o oficial britânico lançara-se na abordagem até ao convés do navio inimigo. Morrera o soldado Glaner da 4ª companhia hanoveriana e houvera oito feridos. O boletim francês dizia "os ingleses quiseram festejar o dia do aniversário de S. Jorge, mas ficaram enganados. Não é assim que o exército francês tem solenizado o aniversário da coroação do seu Imperador e da batalha de Marengo".

O corpo deste heróico oficial jaz num túmulo modesto, com uma inscrição em inglês. O túmulo é de granito e situa-se junto ao muro da mata que serve de fundo à praia onde foi encontrado o corpo do ilustre marinheiro.



A tradução do epitáfio, que é um modelo de inscrições sepulcrais, é a seguinte: "Este monumento é consagrado à memória de Sir Courray Shiphy, de idade 25 anos. Foi capitão do navio de S.M.B. "The Nymph". Morto no ataque de uma embarcação de guerra inimiga, perto do Tejo, no dia 22 de Abril de 1808. Acasos que a sabedoria humana não pode prever, nem, qualquer esforço evitar, malograram o ataque e terminaram a curta mas distinta carreira do seu comandante. Enquanto, porém, existir o seu nome nos anais da fama e na lembrança da sua pátria, é de esperar que os homens bons e valentes de qualquer nação acatem as suas cinzas e contemplem respeitosos e última morada de um Herói".



Este túmulo histórico que guarda o pó de Courray Shiphy, comandante da "The Nymph" representa um modesto mas venerado monumento ao valor dum heróico e jovem marinheiro que morreu a combater pela libertação de Portugal no dia de S. Jorge, evocado como patrono comum dos exércitos das duas nações através dos tempos desde que Portugal renegara o brado por S. Tiago.

Em Julho de 1941 durante o assentamento de caixões de cimento para a doca então em construção, notou-se que um deles não se ajeitava bem. Por esse motivo desceu um mergulhador, tendo verificado que naquele local se encontrava o casco de um velho navio de guerra com muita ferrugem e canhões. Conseguiram tirar dois canhões de ferro com cerca de três metros de comprimento, um dos quais em bom estado de conservação. O outro estava partido. Supõe-se terem pertencido à "The Nymph".






Texto de M.P. Videira em, "Monografia de Paço de Arcos (Apontamentos), 1947.




Colaboração do Bardino Vitor Martinez.