19 de julho de 2011

MENSAGEM

INSATISFAÇÃO

O Grupo Tertúlico “Os Bardinos” anda insatisfeito e seriamente preocupado com o ‘estado da arte’ da Vila. Quer do ponto de vista meramente físico - quase completa degradação sem vislumbre de soluções – quer em termos de identidade, que se vai esboroando sem “ameaças” de recuperação.

Assim, e com a intenção de ‘sacudir’ a moral das gentes da terra, ‘tocando a reunir’, se é que ainda vamos a tempo, o Grupo fez um pequeno ”brainstorm”, do qual resultou um pré-plano exploratório das eventuais probabilidades de “abalo telúrico” que ressuscite as adormecidas mentes empreendedoras da terra, a saber:

- Elaborar e promover escritos (a serem aqui publicados - fotos também) que relembrem as pessoas e as coisas importantes, curiosas e/ou brincalhonas da Vila, a partir dos seus membros e tentando sugestionar outros, provocando os adormecidos, e recordando a efectiva grandeza que já tivemos, e não só no plano Nacional;

- Marcar presença constante nas assembleias da Junta de Freguesia, questionando (se curial) o executivo pelos não cumprimentos (todos?), pelas inúmeras anormalidades, pelo estado de falência a que chegámos, pela degradação qualitativa por comparação com todas as outras freguesias do Concelho, etc., etc..;

- Terminado o “defeso”, e tendo em conta o resultado entretanto ‘extraído’, eventualmente promover umas “Jornadas de Reflexão”, em debate público, com o objectivo de reavivar a Vila e as suas ‘forças vivas’ - pelo menos as que outrora souberam promover e comandar esta terra, e que agora andam ‘distraídas’. Tal poderá acontecer algures no Outono.

Este é um plano que, como se compreende, só pode funcionar com a envolvência do povo indígena, pelo menos a parte mais activa e preocupada, e em que este Grupo apenas poderá funcionar como “tractor”, independentemente das “mais valias” que o integram.

Repararão que nunca mencionamos forças políticas, porque essas têm sempre as suas fidelidades e dependências específicas, logo ‘obstruindo’ a eficácia e o resultado de atitudes e actividades (mais) “puras”. Salvaguardamos, porém, todos esses que queiram ajudar-nos neste desiderato, sem “obediências” partidárias.

Desafiamos, assim, o amigo visitante a colaborar connosco, seja enviando-nos textos ou outras (sob qualquer forma) que evidenciem a importância e o reconhecimento – não indígena – do que foi Paço de Arcos.

Exemplos?

- Estórias de e com ‘banhistas’;
- As cavalhadas;
- As marchas de Paço de Arcos;
- Os grandes feitos dos nossos internacionais do hóquei patinado;
- Os feitos de outras actividades desportivas – tivemos grande projecção nacional, por exemplo, no ténis de mesa;
- As ‘fadistices’ que ocorriam um pouco por todo o lado;
- As ‘cegadas’;
- Os jogos que, para alegrar as boas gentes da terra, eram organizados entre jovens (de então) e grupos profissionais de outras actividades – ex.: jogo de basquetebol entre os juniores do P. A. e os participantes do campeonato de luta livre de Lisboa;
- Um jogo de hóquei em patins entre equipas de gente que não sabia patinar; etc..

Vamos dar o exemplo, necessariamente, por isso, como diria o nosso querido Raul Solnado, façam-nos o favor de serem felizes e visitem-nos, não se arrependerão.

Já agora não se esqueçam de ir ao baú, repesquem aquelas ‘aleivosias’ que estão destinadas às baratas e a desaparecer um dia, ou para vaga recordação quase que momentânea.

Para terminar, deixamos aqui um pequeno exemplo de historieta antiga e curiosa que bom amigo Bardino lembrou:

No tempo em que os nossos melhores hoquistas davam cartas pelo mundo fora, um grupo de, hoje ilustres anciãos também hoquistas, à época jovenzitos, resolveu que queria assistir a um (importante) jogo, a ser disputado em recinto no Porto. Na ausência dos necessários ingressos, optaram por se apresentarem atempadamente cedo, identificando-se como jornalistas de vários órgãos desportivos. Assim tomaram lugar na primeira fila da área destinada à imprensa e desfrutaram das melhores condições para assistirem ao jogo. Imagine-se as caras de espanto de Jesus Correia, Correia dos Santos, etc., quando viram aqueles conterrâneos armados em jornalistas.


Os Bardinos.

2 comentários:

João José Castro disse...

Sou um dos actores do Intervalo e venho aqui expressar a minha satisfação por vos ter tido lá. É sempre uma honra ter a visitar-nos pessoas como vocês, ainda mais sendo amigos do casal Castro e como diz o ditado, os amigos do meu amigo, meus amigos são.
As palavras aqui escritas acerca do nosso espectáculo, só nos podem dar alento para continuar.
Obrigado por tamanhos elogios!
As nossas portas estão sempre abertas para que voltem quando desejarem!
Os meus cumprimentos,
João José Castro

Clotilde Moreira disse...

E não se esqueçam da equipa feminina de hoquistas que existiu talvez há quase 60 anos.
clotilde