24 de março de 2010

O NOSSO JARDIM

O Jardim de Paço de Arcos

Assim conhecido universalmente, o jardim da avenida Marquês de Pombal, foi outrora o ‘ex-libris’ de Paço de Arcos.



Quem passava na marginal raramente resistia ao ‘chamamento’ de nele se passear.

Também atraiu em tempos muitos forasteiros principalmente entre o fim de Agosto e o princípio de Setembro, todos os anos, aquando das festas do Nosso Senhor dos Navegantes, com cavalhadas (voltaremos a este tema oportunamente) marchas populares criadas, ensaiadas, cantadas e desfiladas exclusivamente por gentes da terra. Inúmeras outras atracções para satisfação de quem nos visitava, das crianças e, naturalmente, para nosso orgulho.



Nesses tempos não se passava sem um conjunto de actividades desportivas ligadas ao rio, necessariamente, como regatas de barcos á vela, de remo, de provas diversas de natação, pesca, etc., mas também doutras ligadas ao Clube Desportivo de Paço de Arcos.

Foi antro de grandes eventos desportivos, hóquei em patins, obviamente, palco de jornadas com impacto mundial.



Recordo-me, ainda criança, iniciado no basquetebol, de ter defrontado uma equipa de lutadores (muito em voga na altura) encabeçados por um tal Tarzan Taborda, para divertimento do imenso público; ou de um jogo de hóquei em patins entre equipas de gente que não sabia patinar (quando me lembro, ainda me dói o rabo).

E a delícia que era, nesta e em qualquer outra época, inverno incluído, “estacionar” na magnífica esplanada, ponto de encontro mandatório para o ‘pessoal’ da Vila, que atraía os ‘estrangeiros’, os ‘banhistas’ e quejandos, para um agradável bate-papo, ou só para contemplar o rio, ouvir a passarada.

Entretanto passaram os anos e o que foi que fizeram ao nosso jardim?



Nem sei por onde começar, ou a quem morder as canelas.

Ou por outra, até sei, mas quero ter a elegância de não disparatar, como alguns mereceriam.

Vou tentar cingir-me aos factos, única e exclusivamente, mas terão que me perdoar, se soltar algum queixume mais ácido; é que o que dói, dificilmente se consegue controlar.

O comentário de saída, esse será o que a minha musa me ditar, e se alguém não gostar, paciência, aja ou olhe para o lado, que é o que mais temos nesta terra (que não merecia).

O meu problema inicial é por onde começar. Não consigo estabelecer uma escala de prioridades ou de afectações. Vai como calhar, e fé em Deus.

O lago dos patos sempre foi o parente pobre deste Concelho. Digo isto porque todos os que vi, poucos, é certo, estavam bem mais elaborados e cuidados que o de Paço de Arcos, mas já vivíamos bem com esse ‘handicap’, tal como as nossas crianças. Agora acabar com a coisa, sem mais satisfações como se vê……



Transformando o espaço em ‘casa de pombos’…………………. Só que aqui estão trancados.



Já que o original, foi ‘invalidado’, sem que se saiba porque ‘carga de água’. Taparam as entradas aos pássaros. E esta, hem??? É apenas mais um mistério.



Aliás esta aberração fica a condizer por completo com o estado de conservação da esplanada/restaurante, que tanto temos – toda a população de Paço de Arcos – reclamado, sem demover os “crâneos” que vão enxameando esta nossa terra com o seu ‘exemplar saber’.

Só não se percebe, nem há imaginação por mais delirante que seja que explique, o porquê desta saga anti-Paço de Arcos, que já começa a pedir outras medidas populares. Precatem-se. Se a malta se enerva vai ser complicado.



Vale que o empedrado da ex/futura/talvez esplanada se tem mantido razoavelmente estável apesar das intempéries e do não cuidado, excepção feita aquelas duas árvores que foram arrancadas há uns 4/5 anos, e cujos buracos permanecem, chegámos a pensar que seria para replantar, mas agora estamos convictos que é mais uma daquelas incontáveis coisas que vão ficar perdidas na memória dos tempos (na nossa, porque os que podem e devem decidir coisas tão simples como esta não têm disso – memória).



Por falar em árvores, que tal pensar em dar um tratamentozito às palmeiras do jardim?

Já era tempo, estão com um ar tão desgraçadinho que até dá vontade de chorar, não fora dar-se o caso de não sermos atreitos a esse tipo de manifestação.

C’um caneco, será preciso fazer uma ‘manif’? Um abaixo-assinado? Uma petição pública? Uma greve de fome? Arre!!!!!!!!!!!!!!!!



Pode não se notar bem nestas fotos, mas as folhas de baixo estão amarelas, desfiadas e tombadas, claro. Era altura de as cortar, porque impedem o crescimento saudável das palmeiras.

Não vou voltar a falar do parque infantil (hoje). Até eu já tenho vergonha de abordar o tema. Compreendo que quem não se preocupa com o próximo, é assim que se comporta. Ignorando. Paciência.



Um dia talvez ainda se possa voltar a ouvir o riso das crianças por aquelas bandas.

Oxalá que não o choro, porque este nosso jardim tem algumas armadilhas para os putos, que facilmente poderiam ser obviadas, Então, porque não?



Buraco jeitoso na bancada do ringue, para se dar um trambolhão perigoso. À direita mais um buraco, perto do outro, onde existiu uma árvore. E assim ficou. Palavras para quê?



E que dizer deste magnífico artefacto? Interessante. Óptimo para dar uma ‘palhaça’. Sem mais comentários!

Por outro lado, o velho problema do lençol de água na passagem inferior para a praia velha, merece que voltamos ao assunto com uma outra abordagem.

A tal bomba de extracção de água existe e funciona. Pude comprová-lo hoje.



Assim sendo, a incúria de não a utilizar, como aconteceu nas duas últimas semanas, fazendo objectivamente perigar a vida dos pescadores que se vêem obrigados a atravessar a marginal por cima, é atentatória do bem-estar e da segurança das populações.




Será que por uma vez os responsáveis (???) vão tirar alguma ilação? Irão solucionar este intrincado problema? Querias!!!!!!!!!!!!!



Nota - Este texto foi escrito em 13.03.2010, havendo portanto algum desfasamento nesta sua publicação aqui no blog. Por motivos de força maior só agora foi possível a sua publicação.





Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.



3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Fernando
Apoiado, força nas teclas que é o que nos resta.
Em relação á famigerada bomba, olhe que não é a que está na imagem, essa é de recurso que alguma entidade lá colocou, talvez os Bombeiros, a verdadeira ou as verdadeiras (serão duas) não se vêm pois estão dentro do poço de bombagem, e muito provávelmente avariadas.
Úm abraço
Virgilio Miranda

Fernando Reigosa disse...

OK amigo Virgílio.

Anónimo disse...

Aqui do meu canteiro, outrora um brinco, vejo o carnaval da incúria a desfilar na Avenida. Uma sugestão ? Ponham os patos a nadar no túnel. Que lástima ... Patrão Flopes.