PATRÃO JOAQUIM LOPES
1798-1890
1798-1890
PRIMEIROS SALVAMENTOS
Junto a Paço de Arcos, o pequeno rio Oeiras desagua em plena foz do Tejo. Em Julho de 1823 um homem, com os filhos às costas, tenta atravessar a vau o rio Oeiras. Perde o pé e ambos são arrastados para longe. Forte é a correnteza e todos temem acudir. Tu não temes, varar e domar as águas que bem conheces, é contigo. Mergulhas, salvas a criança e depois o pai.
Pouco tempo depois, no Forte do Bugio, repetes a proeza quando te atiras à água para salvar um cabo de Artilharia, que tinha sido arrastado por uma vaga.
Em Paço de Arcos diz-se que tu fizeste jorrar generosidade e coragem desde Olhão até à foz do Tejo...
CASAMENTO
Em 1824 casas na Igreja de Oeiras (povoação ao lado de Paço de Arcos) com Maria do Rosário, tua prima em 3º grau, também ela natural de Olhão e tua prometida desde os teus 18 ou 19 anos. Maria do Rosário dar-te-á sete filhos, duas raparigas e cinco rapazes. Dois deles, Quirino António e Carlos Augusto, também irão distinguir-se, tal como tu, no socorro aos náufragos.
Junto a Paço de Arcos, o pequeno rio Oeiras desagua em plena foz do Tejo. Em Julho de 1823 um homem, com os filhos às costas, tenta atravessar a vau o rio Oeiras. Perde o pé e ambos são arrastados para longe. Forte é a correnteza e todos temem acudir. Tu não temes, varar e domar as águas que bem conheces, é contigo. Mergulhas, salvas a criança e depois o pai.
Pouco tempo depois, no Forte do Bugio, repetes a proeza quando te atiras à água para salvar um cabo de Artilharia, que tinha sido arrastado por uma vaga.
Em Paço de Arcos diz-se que tu fizeste jorrar generosidade e coragem desde Olhão até à foz do Tejo...
CASAMENTO
Em 1824 casas na Igreja de Oeiras (povoação ao lado de Paço de Arcos) com Maria do Rosário, tua prima em 3º grau, também ela natural de Olhão e tua prometida desde os teus 18 ou 19 anos. Maria do Rosário dar-te-á sete filhos, duas raparigas e cinco rapazes. Dois deles, Quirino António e Carlos Augusto, também irão distinguir-se, tal como tu, no socorro aos náufragos.
O NOVO PATRÃO DA FALUA
Em 1828, outro salvamento que impressiona o povo é o do Sargento Francisco de Sales, também ele envolvido e arrastado por uma vaga quando se preparava para desembarcar no Bugio. Ele a ser arrastado e tu a mergulhares atrás dele, salvação!
O teu entendimento das manhas da foz e a tua valentia provocam a seguinte situação: em 1833, numa crise de cólera, morre o patrão (comandante) da falua do Bugio. É tradição que assuma a vaga o remador mais antigo. Mas desta vez todos os remadores pedem ao governador do Forte do Bugio que sejas tu o nomeado, apesar de seres o mais recente. E isso - argumentam eles - porque o patrão deve ser o mais hábil e o mais leal dos marinheiros. O governador não hesita, nomeia-te passas a ser o Patrão Lopes, com direito a morar na Rua Direita de Paço de Arcos, junto àquele que virá a ser o Instituto de Socorros a Náufragos.
Fim da Parte II
Texto de Fernando Correia da Silva
Colaboração do Bardino Vitor Martinez
Em 1828, outro salvamento que impressiona o povo é o do Sargento Francisco de Sales, também ele envolvido e arrastado por uma vaga quando se preparava para desembarcar no Bugio. Ele a ser arrastado e tu a mergulhares atrás dele, salvação!
O teu entendimento das manhas da foz e a tua valentia provocam a seguinte situação: em 1833, numa crise de cólera, morre o patrão (comandante) da falua do Bugio. É tradição que assuma a vaga o remador mais antigo. Mas desta vez todos os remadores pedem ao governador do Forte do Bugio que sejas tu o nomeado, apesar de seres o mais recente. E isso - argumentam eles - porque o patrão deve ser o mais hábil e o mais leal dos marinheiros. O governador não hesita, nomeia-te passas a ser o Patrão Lopes, com direito a morar na Rua Direita de Paço de Arcos, junto àquele que virá a ser o Instituto de Socorros a Náufragos.
Fim da Parte II
Texto de Fernando Correia da Silva
Colaboração do Bardino Vitor Martinez
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