À VOLTA DO PATRÃO LOPES
A PRAÇA PATRÃO JOAQUIM LOPES, EM OLHÃO
Nascido em Olhão, Patrão Joaquim Lopes tem aí uma praça, que é um bonito jardim em frente à Ria Formosa, inaugurado em 1957 com o seu nome e onde se localiza um monumento à sua figura com um busto igual ao que se encontra no Jardim de Paço de Arcos da autoria do escultor José Moreira Rato, que ali foi colocado no ano de 1976 e onde podem ser encontrados uns versos de Tomaz Ribeiro:
"Ganhou que as traz ao peito hábitos e medalhas
Nunca matando irmãos, mas a rasgar mortalhas".
"Ganhou que as traz ao peito hábitos e medalhas
Nunca matando irmãos, mas a rasgar mortalhas".
A maqueta deste busto encontra-se no Museu de José Malhoa, nas Caldas da Rainha, onde pode ser apreciada.
O INSTITUTO DE SOCORROS A NÁUFRAGOS
Encontra-se localizado em Paço de Arcos, junto à Marginal, entre o Palácio dos Arcos e a Praia Velha, e ostenta o nome do Patrão Lopes, como se pode ver pela foto. Foi transferido de Belém para Paço de Arcos no ano de 1859.
O SALVA-VIDAS
Após o abate ao serviço pelo Instituto de Socorros a Náufragos, o salva-vidas "Patrão Joaquim Lopes" foi doado ao "Fórum Esposendense", tendo sofrido obras de restauro e rebatizado com o nome do rio que banha Esposende: "Rio Cávado".
O REBOCADOR "PATRÃO LOPES"
"Naufragou próximo do farol do Bugio a 29 de Fevereiro de 1936, durante a subida do Tejo, trazendo a reboque o batelão "Franz", que havia sido recuperado por se encontrar à deriva ao largo da barra de Lisboa. Na baía de Cascais o reboque passou a ser efectuado em paralelo (de braço dado), quando em determinado momento o salvadego bateu num baixio, provocando o afundamento do batelão. Acto contínuo, o casco do "Patrão Lopes" era arrombado pelos mastros do batelão, abrindo água a partir da casa das máquinas, de forma incontrolável, acabando igualmente por se afundar."
Era propriedade da Armada do governo português, pertença do Instituto de Socorros a Náufragos, tendo sido construído na Alemanha em Abril de 1880 e tendo passado por São Petersburgo, com o nome de "Newa", entre os anos de 1880 a 1916.
A CASA DO PATRÃO LOPES
A casa onde morava o Patrão Joaquim Lopes situa-se na rua principal de Paço de Arcos, a Rua Costa Pinto, e fica perto do Restaurante Casa da Dízima, junto à antiga bomba da gasolina, do lado esquerdo de quem entra em Paço de Arcos,,vindo da Marginal. É uma casa térrea que à partida não se distingue das outras que a rodeiam e que, digo eu, poderia ser devidamente restaurada e conservada para um espaço que, eventualmente, poderia estar relacionado com a vida e história de próprio Patrão Lopes.
Não sei a área disponível, não deve ser muito grande, mas com um bom projecto e se calhar não muito dispendioso, poderia ser um local onde a vida e os feitos deste homem pudessem ser revisitados por todos nós.
Não sei a área disponível, não deve ser muito grande, mas com um bom projecto e se calhar não muito dispendioso, poderia ser um local onde a vida e os feitos deste homem pudessem ser revisitados por todos nós.
AVENIDA JOAQUIM PATRÃO LOPES
Tem o Patrão Lopes uma referência toponímica nas ruas de Paço de Arcos, com o seu nome dado a uma via que vai da Rua Costa Pinto subindo para o Largo da Estação e onde se localiza, numa esquina, uma casa de referência da nossa vila: a Pastelaria Oceania.
AS REGATAS DE "O DIA DO PATRÃO LOPES"
As primeiras regatas do "Dia do Patrão Lopes" realizaram-se a 1 de Setembro de 1946, incluídas já nos festejos do Senhor Jesus dos Navegantes, patrono das gentes do mar. Essas regatas, com algumas intermitências, têm-se realizado até aos dias de hoje, tendo, inclusive, sido instituído em 1964, o "Troféu Patrão Lopes", da autoria do escultor Domingos Soares Branco, e era destinado a quem ganhasse 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas a grande regata oceânica Paço de Arcos/Sesimbra e volta. A primeira regata foi ganha pelo iate "Alverne" do dr. Guilherme de Oliveira, em 29/30 de Agosto de 1964.
A ROMAGEM DE SAUDADE
Todos os anos, por altura das festas do Senhor Jesus dos Navegantes, realiza-se uma homenagem junto ao monumento do Patrão Lopes, no Jardim Marquês de Pombal e recinto da feira, seguida depois de uma romagem ao cemitério de Oeiras, onde se encontram os restos mortais deste herói popular.
UM LIVRO
Sobre a figura heróica do Patrão Lopes, foi editado pela Câmara Municipal de Oeiras, no ano de 1998, ano do bicentenário do nascimento do Patrão Lopes, um livro da autoria do historiador Rogério de Oliveira Gonçalves e intitulado "O PATRÃO LOPES - de Paço de Arcos à Eternidade".
O livro, para quem estiver interessado, penso que ainda pode ser adquirido na Câmara Municipal de Oeiras/Gabinete de Relações Públicas e na Junta de Freguesia de Paço de Arcos, se esta ainda tiver livros em armazém.
Nota - Esta compilação de textos foi feita pelo Bardino Vitor Martinez, que agradece a todos os autores dos mesmos e das fotos, a possibilidade de aqui os reproduzir. A todos, e são muitos e alguns não identificados, o meu muito obrigado, mesmo não os citando por serem na realidade muito numerosos.
Colaboração do Bardino Vitor Martinez
O livro, para quem estiver interessado, penso que ainda pode ser adquirido na Câmara Municipal de Oeiras/Gabinete de Relações Públicas e na Junta de Freguesia de Paço de Arcos, se esta ainda tiver livros em armazém.
Nota - Esta compilação de textos foi feita pelo Bardino Vitor Martinez, que agradece a todos os autores dos mesmos e das fotos, a possibilidade de aqui os reproduzir. A todos, e são muitos e alguns não identificados, o meu muito obrigado, mesmo não os citando por serem na realidade muito numerosos.
Colaboração do Bardino Vitor Martinez
1 comentário:
Amigo e Companheiro Bardínico,
bem sei que não consigo aceder e 'trabalhar' para o blog com a frequência que quereria, por razões diversas (entre as quais não é menos importante a famosa preguicite), mas o que me está a causar séria preocupação, repito, é o 'pessoal' manter uma enorme 'amorfidade' (expressão acabada de inventar para o léxico Bardínico'), a meu ver, inexplicável. Talvez este período de 'vacanças' possa explicar alguma coisa, mas já começo a duvidar, a 'ber bamos' como diria o ceguinho; talvez precisemos de medidas mais enérgicas.
Tudo isto a propósito deste vosso (teu e dos 'ajudantes') trabalho espectacular, para o qual eu quero endereçar as minhas felicitações - opurtuno e coerente - exactamente na senda do que os Estatutos prevêm.
Parabéns e Obrigado em nome do Grupo.
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