...à vela desde o séc.XIX
Já aqui foi mostrado num post recente, um cartaz-programa a anunciar a realização de Regatas em Paço de Arcos no ano de 1856, patrocinadas pelo rei D. Pedro V e organizadas pela Real Associação Naval.
Como, entretanto, tivemos acesso a um texto onde se faz referência a essa regata, voltamos ao tema, mostrando o programa e o texto.
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"A orla ribeirinha de Oeiras tem uma linha de costa com cerca de 9 km de extensão, de contornos em forma de enseada que constituem as praias e ainda algumas linhas de falésia.
De assinalar a constância dos ventos marítimos de Noroeste durante quase todo o ano, com especial incidência no Verão, permitindo condições de excelência para a prática da vela no rio Tejo.A presença de velejadores e de numerosas embarcações de recreio ao largo de Paço de Arcos, Caxias, Dafundo e Algés tem sido notória e os registos históricos asseguram intensa actividade náutica desde meados do séc. XIX – as famosas regatas – com provas de vela envolvendo diferentes tipos de embarcações e separadas por categorias ou classes.
A 19 de Agosto de 1852 realizou-se uma regata no Dafundo ," (...) correndo quatro contendores: o Arrow, o Corsa, o William & Edward e o Patusco. (..) Foi mesmo noticiada no The Illustrated London News de 11 de Setembro de 1852." (1) Em 1852, por ocasião das festas de Paço de Arcos, o Conde das Alcáçovas, organizou uma regata para barcos entre 7 e 13 toneladas na maioria “caíques”.
A partir de então passaram a realizar regatas com uma certa regularidade, frequentemente sobre a presidência do infante D. Luís. A Real Associação Naval , sob a protecção do senhor D.Pedro V, organiza, o programa de regatas de vela e a remos a 2 de Agosto de 1856 em Paço de Arcos.
A competição envolvia já uma cuidadosa preparação, registo das embarcações, regulamento, comissão de regata, mapa da carreira e atribuição de prémios às diferentes categorias."
(1) História da Vela em Cascais, CMCascais, Junho 2007, pág. 14.
Colaboração do Bardino Vitor Martinez.
1 comentário:
Tá bem.
Temos história e nobre passado.
Não foi a pensar nestes termos que fui indagar da viabilidade de pôr o meu neto a aprender vela. Seria interessante, a família estava de acordo e o puto extasiado. Só que os preços com que me acenaram, fizeram-me bater em retirada rápidamente.
É pena. Aceito que não possa ser de outra maneira, mas a história marítima de Portugal vai morrer afogada.
Isso vai.
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