2 de janeiro de 2010

TEMPORAL EM PAÇO DE ARCOS 02

TEMPESTADE NA PRAIA VELHA





Aqui ficam alguns registos em vídeo do temporal que, na madrugada do dia 31 de Dezembro do ano que findou, assolou a nossa vila, mais concretamente, a muralha alta e o pontão junto à Praia Velha, causando bastante estragos.

À laia de comentário gostaríamos de deixar aqui a opinião de que era agora uma boa ocasião para se definirem algumas situações menos esclarecidas sobre a utilização do espaço dedicado aos pescadores, a saber:

a) se o espaço que lhes foi destinado tem ou não condições para o exercício da sua actividade profissional?

b) se aqueles que ali estão instalados são todos pescadores profissionais devidamente licenciados?

c) se a comercialização do seu pescado é feita em condições integralmente legais?

Parece-nos que as respostas a estas situações que aqui deixamos, são de alguma forma melindrosas, pois ouvimos às vezes alguns relatos que delas derivam, que não são tão límpidos como deveriam ser!!!

Dá a sensação, em determinadas alturas, que o que os utilizadores daquele espaço construído com o dinheiro de todos nós, o que querem é que volte tudo a ser como antigamente, com aquele espaço cheio de contentores, degradado, a cheirar mal, porco, sujo, mas onde aquelas pessoas parece que se sentiam bem!

Não queremos acreditar que assim seja, mas também nos parece que, desde que aquelas obras foram feitas, o descontentamento daqueles pescadores tem sido por demais evidente.

A nossa pergunta é: NÃO EXISTE NINGUÉM OU ALGUM ORGANISMO DEVIDAMENTE AUTORIZADO PARA POR ORDEM NAQUELA(S) SITUAÇÃO(ÕES)!!!

Já é tempo de aquele espaço, que foi condignamente arranjado com o dinheiro dos munícipes e dos fregueses de Paço de Arcos, seja, de uma vez por todas, utilizado de uma forma correcta e em termos devidamente caracterizados e definidos de forma legal.

Um último desejo: que as obras de recuperação dos estragos causados pelo mar, não fiquem para as calendas, como é hábito por cá neste país, e que, o mais rapidamente possível, possamos ver aquela obra devidamente recuperada.







Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


1 comentário:

Fernando Reigosa disse...

Óbviamnete que as culpas são multiplas.

A autarquia que planeou o 'boneco' pensando (quase) em si própria.

A Junta de Freguesia que ali não quis, ou não soube impôr-se, nem tão pouco ouvir os 'fregueses'.

Os Portos de Lisboa (AGPL?) que não quis exercer os seus privilégios (olhó o trabalho), para além de assinar 22 autorizações de pesca (pesadamente pagas, daí não haverem mais).

Os pescadores, alguns, que insistem na desarrumação, na lixeira, em terem artefactos próprios, e não só, acorrentados por tudo quanto é sítio e outros lixos diversos 'á deriva'.

E, finalmente, nós todos que prezamos, o espaço e assistimos o isto sem sequer resmungar.

Nota da 'redacção': não esqueçamos que tambèm aqui há empresários (que de peixe só conhecem o cheiro), cujos objectivos e interesses não se compadecem com soluções ideais.