Aqui ficam alguns registos em vídeo do temporal que, na madrugada do dia 31 de Dezembro do ano que findou, assolou a nossa vila, mais concretamente, a muralha alta e o pontão junto à Praia Velha, causando bastante estragos.
À laia de comentário gostaríamos de deixar aqui a opinião de que era agora uma boa ocasião para se definirem algumas situações menos esclarecidas sobre a utilização do espaço dedicado aos pescadores, a saber:
a) se o espaço que lhes foi destinado tem ou não condições para o exercício da sua actividade profissional?
b) se aqueles que ali estão instalados são todos pescadores profissionais devidamente licenciados?
c) se a comercialização do seu pescado é feita em condições integralmente legais?
Parece-nos que as respostas a estas situações que aqui deixamos, são de alguma forma melindrosas, pois ouvimos às vezes alguns relatos que delas derivam, que não são tão límpidos como deveriam ser!!!
Dá a sensação, em determinadas alturas, que o que os utilizadores daquele espaço construído com o dinheiro de todos nós, o que querem é que volte tudo a ser como antigamente, com aquele espaço cheio de contentores, degradado, a cheirar mal, porco, sujo, mas onde aquelas pessoas parece que se sentiam bem!
Não queremos acreditar que assim seja, mas também nos parece que, desde que aquelas obras foram feitas, o descontentamento daqueles pescadores tem sido por demais evidente.
A nossa pergunta é: NÃO EXISTE NINGUÉM OU ALGUM ORGANISMO DEVIDAMENTE AUTORIZADO PARA POR ORDEM NAQUELA(S) SITUAÇÃO(ÕES)!!!
Já é tempo de aquele espaço, que foi condignamente arranjado com o dinheiro dos munícipes e dos fregueses de Paço de Arcos, seja, de uma vez por todas, utilizado de uma forma correcta e em termos devidamente caracterizados e definidos de forma legal.
Um último desejo: que as obras de recuperação dos estragos causados pelo mar, não fiquem para as calendas, como é hábito por cá neste país, e que, o mais rapidamente possível, possamos ver aquela obra devidamente recuperada.
Colaboração do Bardino Vitor Martinez.
1 comentário:
Óbviamnete que as culpas são multiplas.
A autarquia que planeou o 'boneco' pensando (quase) em si própria.
A Junta de Freguesia que ali não quis, ou não soube impôr-se, nem tão pouco ouvir os 'fregueses'.
Os Portos de Lisboa (AGPL?) que não quis exercer os seus privilégios (olhó o trabalho), para além de assinar 22 autorizações de pesca (pesadamente pagas, daí não haverem mais).
Os pescadores, alguns, que insistem na desarrumação, na lixeira, em terem artefactos próprios, e não só, acorrentados por tudo quanto é sítio e outros lixos diversos 'á deriva'.
E, finalmente, nós todos que prezamos, o espaço e assistimos o isto sem sequer resmungar.
Nota da 'redacção': não esqueçamos que tambèm aqui há empresários (que de peixe só conhecem o cheiro), cujos objectivos e interesses não se compadecem com soluções ideais.
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