28 de novembro de 2009

OS BATOTEIROS

BREVE AMOSTRA DE BATOTEIROS
NO CENTRO HISTÓRICO
DE PAÇO DE ARCOS



Do lado direito há uma creche; o estacionamento demorou cerca de 15 minutos; impossível passar na estrada; atrás fica a Rua Costa Pinto, única via de acesso a esta área; era hora de saída das crianças.




Esta é uma repetição. O extraordinário da situação, ‘obriga’ à recapitulação.

Dia 3 de Outubro último, em pleno ‘aceso’ da campanha política em curso.

Dia bem quente; sombra perfeita; carro devidamente fechado; tranca de direcção com correspondente cadeado, não fosse o diabo tecê-las, mesmo naquele sitio bem vigiado por transeuntes vários.

E por lá se quedou quase todo o santo dia.

A ´lata’, até compensa, sobretudo em país de brandos costumes.




Este senhor condutor é já um ‘clássico’ da batota no Centro Histórico de Paço de Arcos.

Tem sido avistado inúmeras vezes em situações ‘inconvenientes’ para o trânsito, quer em movimento, quer estacionado “ad hoc”, sem preocupação pelo alheio.

Pensou-se em não o incluir nesta amostragem, porque o cavalheiro em questão tem óbvias dificuldades motoras, e portanto será algo antipático estar a ‘mostrá-lo’, e também porque a sua senhora o trata com rispidez pública muito exagerada, pelo menos para quem não conhece outras antecedentes.

Por outro lado, prevaricador é prevaricador, e portanto………………



Mais uma que já se transformou num (infeliz) clássico.

A entrada está vedada por dois pinos movíveis, para que os bombeiros possam aceder á área em caso de necessidade.

Se percebemos que haja necessidade de utilizar este recurso para cargas e descargas, seja de comerciantes seja mesmo de moradores, por dificuldades de estacionamento próximo, e porque será (seria) uma situação transitória e com os condutores presentes, logo com ausência de risco, já outras situações são naturalmente inaceitáveis (diríamos nós).

No caso vertente, não é morador.



Para ilustrar o acima dito, estão aqui dois casos exemplares (em toda a linha, como diria um amigo meu).

O proprietário do carro da esquerda mora em frente (sobre a esquerda, prédio não visível). Trata o local quase como estacionamento privativo. Não raras vezes, fecha o carro e vai para algures.

O outro carro pertence a uma senhora que num dado dia, tendo que ir um pouco mais abaixo, ao Restaurante Aquarela do Brasil, não lhe apeteceu procurar lugar, como fazem todos os moradores da rua, e por ali estacionou calmamente.

Tendo -se apercebido que estava registada fotograficamente, resolveu interpelar o autor do acto com modos inenarráveis, declarando-se gente importante e ameaçando de represálias caso fosse publicitada esta foto.

Palavras para quê?



Para desanuviar um pouco o clima automobilístico (que vai continuar), eis uma um pouco diferente.

Aquela prancha de madeira que ali se vê com uma quantidade de vasos em cima, vista a nu tem um ar (e uma ‘inclinação’) completamente apodrecido.

Se aquilo não é perigoso, e quem lá mora inconsciente, então eu devo ser o “Eistein”.

Felizmente aquele prédio encontra-se numa esquina, onde dificilmente passarão transeuntes, embora exista uma casa de chá por baixo.

Já no que diz respeito a brincadeiras de crianças, o perigo é, obviamente, exponencial.




Esta é a mesma creche já mencionada anteriormente.

Ao contrário da outra situação (entupimento irresponsável da via) que foi ocasional, apenas observada uma vez, esta é uma situação recorrente.

Diariamente podem ser observadas estas situações, inúmeras vezes. Os esforços do encarregado de vigiar entradas e saídas das crianças, e velar pela segurança externa, é completamente inglório, e, por vezes, é mesmo objecto de maus tratos verbais. O mesmo, de resto, acontece com qualquer um que ‘tenha a veleidade de censurar o procedimento’.

Acresce que ao lado da janela que se vê do lado direito, é a Rua Costa Pinto, única via de acesso à creche.

C’um caneco.



Por falar em creche, do outro lado já na Rua Costa Pinto, sentido descendente.

Que tal? O miúdo é fininho, seguramente não terá dificuldade em passar naquele gargalo.

Mas… e outros?




Concerteza que conhecem o local.

Não fora o empedrado novo, e o chão estaria gasto, entre outros, pelo José de Castro.
Podem crer que na foto de cima, aqueles dois estão estacionados. O cavalheiro que se vê ao lado da carrinha da direita é transeunte.

Na foto de baixo vê-se um carro cujo condutor ‘emigrou’ em direcção ao Pingo Doce. Onde foi não se conseguiu perceber.




Acreditem.

A situação é a mesma. Fotografado pela frente e por trás...

O indígena resolveu estacionar por quanto lhe apeteceu, mesmo ali à frente da sede da Junta de Freguesia de Paço de Arcos, mas fora do local a isso destinado. Sem preocupações.

Não faço a mínima ideia de quanto tempo lá ficou. Fui e vim da minha faina de compras no Pingo Doce, e ele por lá continuou.

Manda quem pode, obedece quem deve.




Como qualquer jovem bem-intencionado diria, ‘bué da’ normal.

O espaço é grande, os sítios estão ali á mão de semear, são perto do que quer que seja, toda a gente faz o mesmo, não se paga nada, o chui ‘tá-se c………’, “pourquoi pas”.

È, efectivamente, uma situação rotineira. Os peões que se precatem (‘olho no burro e olho no cigano’), porque daí a poucos condutores se preocuparem com os sentidos ditos obrigatórios, obrigando-nos a olhar para todos os lados, não vai espaço nenhum.

Bem pior que as maleitas do passeio marítimo.

Paço de Arcos no seu melhor (????????????????????????????)




Na mesma área, um pouco mais à frente (direcção Marginal, todo o passeio em frente ao Espírito Santo, já se sabe, também é recorrente.

Dois tipos de situação constante.

Em boa verdade a do lado direito deixa-me confuso em termos de perceber as marcações.

A passagem de peões termina no riscado diagonal e retoma após?

Expliquem-me, de preferência como se eu fosse muito burro.

È que estou com sérias suspeitas de ser esse o caso.

E para que não restem dúvidas, aí vai outra.



A rua que se vê é a Costa Pinto. A que é ‘pisada’ pela passagem de peões é a Cândido dos Reis.

Por dentro do traço contínuo é permitido estacionar, como no caso vertente.

Atão que fazer?

Também tenho uma resposta!

DESENRRASQUEM-SE!!!!!




Pode não parecer, mas é o mesmo passeio; é só virar a esquina.

Atrevimento não lhes falta, ou será antes falta de respeito pelo próximo?

Vá-se lá saber. Acho que nem a inspiração Divina nos pode ajudar nesta.

Já tou confuso. Ou Confúcio? Agora é que me perdi.

Estes gajos baralham-me.




Pois aqui a história (mais estória que outra coisa) é curiosa.

Prestem atenção. Explica bem algumas ‘virtualidades’ francamente Portuguesas (e não só, claro).

Na foto de cima vê-se um carro branco estacionado em contra-mão. Esta viatura foi parte de um acidente no cruzamento atrás. Ali ficou avariado (e multado), eventualmente à espera que o seu proprietário reúna a soma para o rebocar para outro lado. Ou não. É que já lá vão duas semanas.

Na foto de baixo, como desde então tem acontecido invariavelmente, uma colecção de ‘chicos-espertos’, vendo um ‘caramelo’ ali parado, logo copiam, ignorando que é uma rua de dois sentidos, em que é proibido, sequer, parar daquele lado, e que qualquer viatura não tem hipótese de passar sem colidir com quem venha de frente. Mais, se houver viatura de porte que queira transitar, vai ficar encurralada.

Ai, meu Deus.




Outra que também já é um clássico.

Esta esquininha é um chamariz para os batoteiros crónicos da baixa histórica de Paço de Arcos.

Naturalmente, e o companheiro Bardino Mário Almeida pode testemunhar melhor que ninguém, estes estacionamentos selvagens dificultam enormemente todo o trânsito naquela ruinha, e no espaço subsequente.

Haja pachorra, porque a polícia quando aparece é para se preocupar com os ciganos das vendas ambulantes junto ao Pingo Doce.

Pois que seja. É a vida!!!!!!!!!!!!!!!




Aí está mais um ‘esperto’ na esquininha (foto de cima).

Pelo menos entope menos. Coisas!!!

Na foto de baixo temos mais um anormal, em frente aos Correios, olimpicamente parado, luzes acesas para disfarçar (não sei o quê).

E não faço comentários (por pudica virtude) à viatura dos Correios em cima do passeio. Imagino que estará isenta de pecados.




Por simpatia para convosco, vamos aqui introduzir, umas que, dadas as circunstâncias anteriores, são de menor impacto.

Quase que dá para pensar que afinal estamos a exagerar, e não haverá razões de queixa por aí além.

Brincamos ou quê?



Para manter o espírito de paz, em direcção ao crescendo do grande final, esta fica aqui para pura descontracção, sem mais palavras.



Estes três do lado esquerdo, esqueceram-se que, para além de estarem parados quase totalmente para fora do traço contínuo, não deixam espaço para uma carrinha de médio porte virar.

E se for um camião?

Só resta chamar a polícia, caso em que teremos ‘cena’ para umas horas, e etc..



Até pode não parecer, mas a curva para a direita é apertadinha, e do outro lado há outra aberração com a que esta em primeiro plano, entupindo meia estrada.

É que alguém fica sem passeio, junto ao parque infantil.

(In)Consciências.



À atenção de quem não tenha reparado: é uma viatura da Câmara Municipal de Oeiras.




A saga dos abusos de estacionamento em frente ao mercado.

De segunda-feira a sábado, sem vacilações.

Vale, literalmente, tudo.

Impunidade completa.

E, desta feita, não se captou nenhum dos habituais violadores da passagem de peões.

Também é normal (????) deparar com viaturas estacionadas (mal) dos dois lados da estrada, diminuindo drasticamente o espacinho de passagem.

Mas a malta é jovem (digo eu), e vai-se desenrascando. Que remédio!!!!!!!!!

E vão mais duas (da mesma) para sossegar os espíritos.




Como se diz em título, é só uma pequena amostra recolhida “en passant”.

A verdadeira situação apresenta-se, por vezes, quase que caótica em diversas zonas, algumas das quais não estão aqui documentadas.

Estranho (no mínimo) é a falta de intervenção das autoridades, por vezes tão ríspidas noutras situações.

Se calhar isto é que é normal, e nós andamos distraídos das realidades do país.

Pois que seja. Temos que nos adaptar.


Mas, porém, todavia, contudo, a Bardinada* vai continuar a protestar.


* Leia-se GRUPO TERTÚLICO “OS BARDINOS”


Colaboração do Bardino Fernando Reigosa.


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