Carlos Bonvalot, natural de Paço de Arcos, onde nasceu a 24 de Julho de 1893, no seio de uma família com fortes interesses culturais e artísticos, desde cedo mostrou inclinação e aptidões para o exercício da actividade artística.
Aluno brilhante, matriculo-se apenas com quatorze anos, na Academia de Belas-Artes de Lisboa, que frequentou entre 1907 e 1916, tendo aqui terminado o Curso Geral de Desenho e, em 1916, o Curso Especial de Pintura. Entretanto realizou também o Curso de Anatomia Artística, ministrado na Faculdade de Medicina de Lisboa, por Henrique de Vilhena.
No decurso desta longa e exigente formação, Bonvalot obteve as mais elevadas classificações que lhe granjearam os habituais prémios pecuniários, tendo começado a expor na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) em 1913, quando ainda era estudante. O júri distinguiu com o "Diploma de Medalha de 3ª Classe", tendo nos anos seguintes sido expositor assíduo deste certame e nunca deixou de ser premiado.
Depois de participar na Primeira Guerra Mundial, servindo no exército português em França, o seu currículo foi enriquecido com a obtenção do 1º lugar no Concurso para Pensionista do "Legado Valmor", que lhe permitiu frequentar, em Paris, a escola Superior de Belas-Artes e o atelier de F. Cormon, consagrado pintor de História.
Foi ainda na qualidade de bolseiro que Bonvalot viajou por França, Suíça e Itália, encontrando-se em Roma em 1920-21, onde estudou técnicas de restauro de pintura antiga.
Foi ainda na qualidade de bolseiro que Bonvalot viajou por França, Suíça e Itália, encontrando-se em Roma em 1920-21, onde estudou técnicas de restauro de pintura antiga.
Depois de regressar a Portugal, Carlos Bonvalot encontrou o seu particular lugar na cena portuguesa, dividindo o seu gosto pela pintura com o estudo e a prática da conservação de objectos artísticos. Neste contexto, logo em 1923, inicia o delicado trabalho sobre as tábuas quinhentistas da Igreja Matriz de Cascais.
João Couto, conservador do Museu Nacional de Arte Antiga e depois seu director, foi o primeiro a compreender as raras qualidades de Bonvalot, no campo da conservação e restauro da pintura antiga, e por isso, o convidou para dirigir a Oficina de Restauro daquele museu, em 1934,. Infelizmente, o artista faleceu antes de ocupar esse prestigiado lugar.
João Couto, conservador do Museu Nacional de Arte Antiga e depois seu director, foi o primeiro a compreender as raras qualidades de Bonvalot, no campo da conservação e restauro da pintura antiga, e por isso, o convidou para dirigir a Oficina de Restauro daquele museu, em 1934,. Infelizmente, o artista faleceu antes de ocupar esse prestigiado lugar.
Nota - Os textos e as reproduções aqui inseridas encontram-se no catálogo da exposição "Cascais de Carlos Bonvalot", de onde foram reproduzidos e adaptados com a devida vénia e que agradecemos.
No início: Auto-retrato (1913)
Óleo s/ cartão - Colecção particular
Colaboração do Bardino Vitor Martinez.
No início: Auto-retrato (1913)
Óleo s/ cartão - Colecção particular
Colaboração do Bardino Vitor Martinez.
1 comentário:
É bom saber que esta terra pariu filhos como este.
São estes os tais "que se vão da lei da morte libertando". E temos tantos entre nós.
Um aviso aos nossos visitantes:
continuem a olhar para nós e ficarão espantados com a qualidade e a quantidade de ilustrérrimos conterrâneoa nossos.
'Não percam as cenas dos próximos capítulos.
Enviar um comentário