14 de novembro de 2009

PAÇO DE ARCOS (RE)VISITADO II



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Vista Geral

Sobre uma colina de maravilha, situada entre Caxias e Santo Amaro de Oeiras, espraia-se a graciosa e sorridente vila de Paço de Arcos, que é, na realidade, um verdadeiro jardim à beira do Tejo.


Geribita

Neste trecho de Paço de Arcos há muita moradias de luxo. "Geribita" é um palmo de terra onde vivem algumas famílias das mais aristocráticas da povoação. ...erguem-se neste lindo bairro os solares do Conde de Bobone, D.Duarte Praia, António Medeiros de Almeida, Condessa de Lousã e o histórico Palácio dos Arcos.


Chafariz Velho

O chafariz que se encontra no bairro da Geribita, vulgarmente conhecido por "chafariz velho", é obra do tempo do Marquês de Pombal.


Junta de Freguesia

O Governo da República, reconhecendo o desenvolvimento de Paço de Arcos como estância balnear, o seu valor comercial e industrial, prestou-lhe a justiça de elevar a povoação à categoria de vila e sede de freguesia por decreto-lei nº 12:783, de 7 de Dezembro de 1926.


Palácio dos Arcos

Segundo reza a tradição, D.Manuel I várias vezes se hospedou neste palácio com a sua filha, a formosa infanta D.Maria. Daquela espaçosa varanda do Palácio dos Arcos, o Rei Venturoso viu passar as frágeis caravelas para a Índia.


Senhor Jesus dos Navegantes

...e com as mãos postas e as lágrimas a correr, pede a Deus, ao Senhor Jesus dos Navegantes pelos náufragos e pelos salvadores.

Carlos Eugénio Correia da Silva, in Biografia


Praia Velha

A Praia Antiga, que nos tempos anteriores à linha de Cascais, foi a preferida pelos Condes das Alcáçovas, Marqueses de Monfalim, Condes da Torre, Marqueses de Fronteira, Condes da Ponte, Condes de Porto Covo, Viscondes de Bessone, Condes da Lapa, Condes da Caparica, Viscondes de Barcelinhos, Viscondes de Coruche, Barões de Linhó, e pelo titular do seu nome, Conde de Paço de Arcos, muita vezes foi visitada pelos reis de Portugal.


Praia Nova

...a Praia Nova ou Praia das Fontainhas é, pela sua beleza panorâmica, pela mansidão das suas águas, pela riqueza nas suas radiações terapêuticas, pela sua areia fina e limpa, pela situação abrigada dos ventos do Norte, dominantes na quadra do verão, a praia preferida pelos veraneantes de Lisboa e da província.


Campos Pereira

A Casa de José B. de Campos Pereira, é um estabelecimento no género dos pequenos bazares britânicos, com variado sortido de artigos escolhidos, onde predominam os bons livros e revistas, as perfumarias nacionais e estrangeiras, os bibelots e objectos para brindes, os brinquedos e jogos, as louças regionais, os artigos de ménage, a papelaria, etc.


Fanqueiro (Loja de Tecidos)

O Fanqueiro da Paço de Arcos, de Abreu & França, Limitada, é o maior estabelecimento de lã e algodão.


Farmácia Braz

Farmácia Mar, situada na Rua Costa Pinto, 184 a 186. É seu proprietário e director-técnico o farmacêutico Daniel Trindade Brás. No seu laboratório fazem-se análises clínicas.


Sapataria Coutinho

A Sapataria Palmax é a mais moderna da vila.


Drogaria (nº 126 da Rua Costa Pinto)

Na Rua Costa Pinto, 126, fica situada a Drogaria Central. Esta drogaria tem ferragens, vidros, louças de esmalte, artigos de papelaria e utilidades, perfumarias e águas minerais e medicinais.


Fábrica Couraça

...a fábrica ("Couraça") de Paço de Arcos conseguiu, com as suas exportações, fazer com que Portugal passasse de País não produtor para o segundo lugar dos países produtores de óleo de eucalipto em todo o mundo, lugar que, cremos, ainda hoje ocupa.


Casa Bonvalot (Casa dos Cacetes)

Há perto de meio século que Manuel Pinhanços a comercializou (a receita dos cacetes), não só, dando-lhe formato adequado que ainda hoje se mantém, mas também a actual designação,pois a antiga era a de "Palitos de Paço de Arcos".


Inglês Morto

Este túmulo histórico que guarda o pó de Sir Courray Shiphy, comandante da "The Nymph" representa um modesto mas venerado monumento ao valor dum heróico e jovem marinheiro que morreu a combater pela libertação de Portugal no dia de S.Jorge.


Monumento ao Patrão Joaquim Lopes

O desconhecido Joaquim Lopes toma parte, voluntariamente, no salvamento temerário da embarcação, que está prestes a afundar-se. Fá-lo com tamanho valor, que a vila inteira, no dia seguinte, elogia o rapaz, que desde então deixa de ser o desconhecido algarvio. ...Foram tantos os salvamentos realizados por Joaquim Lopes, que o nomearam patrão do salva-vidas. ... "Até trezentos contei, mas depois não fiz caso da contagem".


Forte da Giribita

À entrada do bairro aristocrático denominado "Geribita", junto da Avenida Marginal, ergue-se o forte vulgarmente conhecido por Geribita, mas cujo nome é "Nossa Senhora de Porto Salvo".


Farol do Bugio

Foi no seu reinado (D. Sebastião) que teve princípio a fortaleza da barra chamada Torre de S. Lourenço e vulgarmente conhecida por "Bugio" ou do "Cabeça Seca", por Ter sido construído à entrada da barra no cachopo chamado Cabeça Seca.


Socorros a Náufragos

Em dia de temporal, aparecem sempre voluntários, lobos do mar, como os outros, que se atiram abnegadamente para a heróica faina de salvar o seu semelhante em perigo de vida.


Pontão

Em 1837 foram estabelecidas carreiras de vapores para Paço de Arcos. A tabela de preços era de 120 réis à proa e 240 réis à popa, com o seguinte horário: De Lisboa para Paço de Arcos - Segundas, Terças e Sábados, às 6,30 e às 15 horas; Domingos e Dias Santos de Guarda, às 7,30 e às 15 horas. O vapor fazia escala tanto na ida como na volta, por Belém, Pedrouços e Cruz-Quebrada.


Estação da CP

A exploração desta linha foi inaugurada pelo combóio que saiu às 11,30 horas da estação do Cais do Sodré, no dia 15 de Agosto de 1926. Desde o Cais do Sodré até Cascais o combóio com as entidades oficiais seguiu entre aclamações vibrantes. Em algumas estações foram lançados para dentro confetti e flores. E desde esse dia as viagens na Linha de Cascais passaram a ser rápidas e cómodas.


Quinta da Terrugem

Neste palacete viveu durante muitos anos a célebre poetisa espanhola e senhora de sociedade, Carolina Coronado, autora, entre outras, da obra El Amor de los amores. Aqui era visitada pelos distintos escritores
Júlio de Castilho, Sousa Viterbo e Fialho de Almeida.


Quinta do Relógio

Neste palacete viveu durante muitos anos a célebre poetisa espanhola e senhora de sociedade, Carolina Coronado, autora, entre outras, da obra El Amor de los amores. Aqui era visitada pelos distintos escritores
Júlio de Castilho, Sousa Viterbo e Fialho de Almeida.


Monumento a José de Castro

Paço de Arcos teve e tem alguns filhos ilustres.


Bombeiros

Esta instituição tem por fim principal a formação integral dos jóvens desta vila sob o ponto de vista intelectual, moral e social.


Lactário (Edifício Campos Pereira)

A comissão dirigente tem sido auxiliada por um grupo de meninas que têm sido incansáveis, ajudando o serviço médico e visitando as crianças protegidas pelo Lactário, que fornece às crianças leite, farinha, medicamentos, roupa e calçado.


Clube Desportivo de Paço de Arcos

Em Maio de 1946 o Clube deslocou-se a Espanha onde disputou quatro jogos, todos com resultados vitoriosos e as suas exibições foram de tal maneira convincentes, que a imprensa espanhola não lhe regateou aplausos, tendo classificado os jogadores do Clube Desportivo de Paço de Arcos como "verdadeiros mestres do oquei em patins".


Cine-Teatro

...o Orfeão fez a sua apresentação no Cine-Teatro desta vila, em espectáculo completo, com duas partes preenchidas pelo Orfeão e uma de solos de canto, piano e violino, desempenhada por orfeonistas. O sucesso foi retumbante...


Casino (Salão Nobre do CDPA)

Brilhantes festas ali se realizaram com a assistência da alta aristocracia veraneante e, algumas vezes, tiveram a presença da família real e dos próprios soberanos. Os pares dançavam ao compasso das valsas, mazurcas ou polcas, executadas por um pianista, que atendia os pedidos da assistência.


Casa dos Rapazes (Largo Conde de Alcáçovas)

Esta instituição tem por fim principal a formação integral dos jóvens desta vila sob o ponto de vista intelectual, moral e social.


Cortejo do Marquês

A carruagem seguia de Lisboa entre alas de cavaleiros, flamante, com aparato quase real. Só em Paço de Arcos, junto do chafariz velho, construído nessa época, os tambores alinhavam em formatura de parada. A carruagem moderava o seu andamento e era entre rufos de caixa que o valido real atravessava a estrada de Paço de Arcos a Oeiras.


Monumento aos Hoquistas

A primeira categoria de oquei em patins do Clube Desportivo de Paço de Arcos, que jogou em Espanha, onde obteve quatro vitórias e que emPortugal já ganhou cerca de setenta taças, é constituída pelos seguintes jogadores: Emídio Pinto (capitão do grupo), António Henriques, Manuel Gomes, Jesus Correia, Correia dos Santos e José Raposo (suplente).



Fotos Vitor Martinez
Textos M.P. Vide
ira



Colaboração do Bardino Vitor Martinez.


4 comentários:

Fernando Reigosa disse...

Estou a aprender muito.
Esta Vila vai muito para além do que julgava saber.
O texto referente á praia velha fez-me pensar (a zona é a mesma) se não estará aí a razão do fundo azul da bandeira do João Fortuna?

Anónimo disse...

Apenas uma pequena correcção ao texto supra: O "Inglês Morto" chamava-se Conway Shipley e era comandante do navio britânico "La Nymphe". Cumprimentos. Patrão Flopes.

vitor martinez disse...

Agradecemos a correcção que nos foi feita pelo Patrão Flopes, e, na realidade, tem toda a razão.

Só que o autor ma Monografia, M.P. Videira, desconhecemos porque razões, refere-se no texto do livro "Monografia de Paço de Arcos (Apontamentos)" ao monumento, com o nome do oficial inglês como se encontra na legenda, assim como ao nome do barco.

Como as legendas são a transcrição pura e simples dos textos que se encontram na referida Monografia, daí a legenda se encontrar da forma que está!

Voltaremos ao assunto quando começarmos a publicar os texto da referida Monografia, o que faremos muito em breve e começaremos precisamente pelo texto do "Inglês Morto"!

Vitor Martinez

Fernando Reigosa disse...

Já se percebeu que o tal de Patrão Flopes é leitor assíduo do nosso Blog.
Fica-lhe bem, e nós ficamos gratos e satisfeitos, apesar de querer manter o anonimato. Ele lá saberá porquê.
Nesta questão tem o homem toda a razão. O desvio que ele aponta é correcto, e eu tambèm já tinha dado por isso. Mas como se tratava de uma transcrição, não era corrigível, como diz, e muito bem o Vitor.
É salutar esta troca de ideias, e demonstra que o nosso amigo Patrão Flopes é gente bem conhecedora dos cantos da casa. Por outras palavras é um conterrâneo preocupado. Daí ler o Blog.
Boa.